Comissário Jules Maigret ou simplesmente Comissário Maigret (Commissaire Maigret) é um personagem de ficção de novelas policiais, o mais popular entre os personagens criados pelo escritor belgaGeorges Simenon. O comissário Jules Maigret apareceu em 75 novelas e 28 contos publicados entre 1931 e 1972, além de vários filmes para a TV, um dos quais dirigidos por Pierre Granier-Deferre, que se pode encontrar no IMDB.[1]
Segundo se pode desprender da obra, Maigret nasceu em 1887 ao povo fictício de Saint-Fiacre, inspirado em Paray-le-Frésil, próximo da cidade de Moulins (departamento de Alier). Em 1907 Maigret começa a carreira de medicina em Nantes, mas no ano seguinte abandona-a e muda-se para Paris, onde começa a trabalhar na polícia. Em 1912 casa-se com Louise Leonard e vão viver no apartamento de Boulevard Richard Lenoir, que não abandonarão até a aposentação do comissário. Em 1913 tem o seu primeiro caso importante, refletido à primeira investigação de Maigret, quando era um modesto ajudante numa esquadra de bairro, e que lhe valerá um lugar na Polícia Judiciária, da qual chegará a ser comissário em 1928, cargo que ocupará, depois de recusar em várias ocasiões a possibilidade de ascender a diretor da Polícia Judiciária, até a sua aposentação em 1956, com 69 anos. Então Maigret retira-se para uma casa de campo que tinha comprado em 1953 e onde, com frequência, passava os fins de semana, em Meung-sur-Loire, no departamento de Loiret. Inclusive retirado do seu trabalho, Maigret continuar-se-á ocupando ocasionalmente de resolver os casos interessantes que encontra por diante.
A forma habitual de Maigret solucionar os casos que se lhe apresentam é «introduzir-se nas vidas» daquelas pessoas que estão ao redor do assunto pesquisado. Resolve os casos mediante o entendimento das formas de vida dos seus pesquisados, pensando, comendo, e vivendo como eles. Através do comissário Maigret, Georges Simenon conta-nos histórias policiais mas sobretudo conta-nos histórias de pessoas, povos e cidades, pequenas histórias que se transcendem, porque tratam temas universais.[2]